Doze
reféns e apenas cinco bandidos armados e nervosos. O assalto não
saiu como o planejado. O líder anda de um lado para outro segurando
sua metralhadora e olhando pelo binóculo a movimentação da
polícia. A qualquer momento o chefe de polícia ordenará a invasão
a agência bancária, isso é só uma questão de tempo até eles
estarem mortos.
Os
cinco usam máscaras negras e uniforme da companhia de limpeza
pública. Os doze reféns permanecem ajoelhados de cara para os
vidros do banco como escudos humanos a horas.
-
Temos que dar um jeito de sair dessa enrascada. - comenta um deles.
-
Como? - grita o líder. - toda Gotham está cercada.
-
Vamos matar os reféns.
-
Cale a boca, não consigo pensar com vocês falando. - olha mais uma
vez pelo binóculo. - já sei, chame um refém.
Um
homem de terno e gravata é escolhido para falar com o negociador. Na
base dos empurrões o bancário é colocado na linha de fogo. A
polícia volta sua atenção para os gestos do homem.
-
Não atirem, não atirem, por favor.
-
Pode falar. - grita o chefe de polícia.
-
Eles querem fugir, caso não aceitem, a cada vinte minutos um de nós
será morto.
-
Não posso aceitar essa exigência.
De
repente da cabeça do refém sai uma nuvem de poeira rosada. O tiro
dado pelo bandido chefe deixou claro que eles não estão de
brincadeira.
-
Lembre-se, chefe, daqui a vinte minutos outro será executado. -
alerta o líder.
O
pânico foi instaurado nos arredores do banco. A imprensa de Gotham
city a todo momento entra ao vivo com informações sobre o assalto
ao banco. Sem muita escolha o chefe de polícia decide pela invasão
a agência.
-
Senhor. - começa um sargento. - se fizer isso o estrago será ainda
maior.
-
O que sugere então sargento Davis? - esbraveja.
-
Sugiro que deixemos eles saírem e depois…
-
Isso está fora de cogitação, sargento. - pega rádio. Vamos
entrar.
Uma
formação é organizada na frente do banco levando a todos ao
desespero. Dentro da agência o terror é sufocante, todos os reféns
se descontrolar forçando o bando a agir com violência.
-
Fiquem quietos senão vai haver uma chacina aqui dentro, eu juro.
-
Por favor, nos deixe ir. - implora uma senhora.
A
mulher recebe um forte golpe no estômago pela arma.
-
Vá para o seu lugar sua velha. - grita o bandido.
Mais
uma vez o líder precisa agir. Ele corre até uma das sacolas e
retira de lá uma granada.
-
O que vai fazer Charles?
-
Vou atrasar a invasão.
-
Charles, isso só vai piorar a situação, cara, tá louco?
Próximo
da saída ele retira o pino do artefato e o lança contra o cordão
da polícia. O chefe de polícia ao ver o objeto vindo ordena a
evacuação.
-
Pro chão, todos.
A
granada explode ferindo alguns dos agentes e até civis. Furioso o
chefe se levanta, olha para o banco e depois para o sargento.
-
Retire os homens da linha de frente, vamos ceder.
Imediatamente
a polícia recua abrindo espaço para a fuga dos assaltantes. Os
curiosos foram afastados e uma espécie de corredor foi aberto. Do
megafone o chefe negocia com os meliantes.
-
Já podem sair.
O
líder do bando pega duas bolsas cheias de notas de cem dólar
seguido por seus liderados.
-
O que faremos com eles? - aponta para os reféns.
-
Eles vão sair junto com a gente, servirão de escudo. Lembrem-se,
chegando no ponto combinado cada um segue seu rumo, certo?
E
assim foi. Os reféns na frente e os cinco logo atrás. No alto dos
prédios os atiradores aguardam ordem para atirar. Eles passam pelo
corredor formado até chegarem do outro lado da rua. O Álamo é uma
loja de sapatos, ali cada um deve seguir seu caminho com sua sacola
de dinheiro. Os reféns são deixados para trás assim que começa a
correria dos ladrões.
A
polícia inicia a perseguição e os atiradores têm sinal verde para
atirar. Virando a rua um dos bandidos é morto com um certeiro
disparo na cabeça. O segundo é capturado antes de ganhar a via
principal de Gotham. O terceiro tenta trocar tiros com uma viatura e
é morto com um tiro no peito.
O
quarto, já cansado, ao ver dois carros de polícia resolve se
entregar se jogando no chão.
-
Perdi, perdi.
O
líder correr feito um desesperado empurrando tudo e a todos. Ele
retira a máscara e depois atira para o alto alarmando os
transeuntes. Ele corta para uma rua de baixo movimento onde dará
para conjunto de pequenos prédios. Olhando para trás ele diminui a
velocidade. De repente algo o acerta nas costas. A dor o faz parar.
Com dificuldade ele consegue tirar uma lâmina em formato de morcego.
-
Mais que merda. - atira.
Mais
uma vez ele é atingido e dessa vez no ombro.
-
Vamos lá maldito, apareça. - grita.
Charles
gira o corpo quando dá de cara com uma figura medonha o socando o
rosto. O bandido cai e mesmo assim consegue atirar. Batman salta
saindo de sua linha de tiro. Charles se levanta com o nariz sangrando
a procura do morcego.
-
Você não vai estragar tudo não.
Os
movimentos do justiceiro são rápidos demais, Charles se vê acuado
sem saber pra que lado atirar. O bandido recebe outro murro que
termina de arrebentar seu nariz. Seu grito é gutural e ele rola no
chão segurando o que restou.
-
Jogue a bolsa, você está sozinho. - afirma Batman.
-
Vem pegar. - geme.
Prevendo
que receberá uma rajada da metralhadora, o homem-morcego lhe aplica
um chute no rosto quase arrancando todos os dentes. A visão de
Charles fica turva e seus sentidos começam a falhar. Batman recolhe
a arma e também a bolsa com dinheiro.
-
Me devolva seu desgraçado. - balbucia.
Outro
chute no rosto e Charles apaga sangrando. As viaturas chegam e o
chefe de polícia desce apontando sua pistola.
-
Ei, solte a arma e levante as mãos.
-
Senhor, é o Batman. - diz o sargento.
-
Precisamos prendê-lo também. - olha para frente e tudo o que vê é
Charles desmaiado ao lado da sacola de dinheiro. - droga, ele sumiu
outra vez. - saca o rádio. - atenção todos os carros, Batman está
a solta na cidade. FIM
Parabéns pelo segundo conto do Batman!
ResponderExcluirValeu Jairo
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