terça-feira, 4 de setembro de 2018

BATMAN BLACKOUT 2

Doze reféns e apenas cinco bandidos armados e nervosos. O assalto não saiu como o planejado. O líder anda de um lado para outro segurando sua metralhadora e olhando pelo binóculo a movimentação da polícia. A qualquer momento o chefe de polícia ordenará a invasão a agência bancária, isso é só uma questão de tempo até eles estarem mortos.
Os cinco usam máscaras negras e uniforme da companhia de limpeza pública. Os doze reféns permanecem ajoelhados de cara para os vidros do banco como escudos humanos a horas.
- Temos que dar um jeito de sair dessa enrascada. - comenta um deles.
    - Como? - grita o líder. - toda Gotham está cercada.
    - Vamos matar os reféns.
    - Cale a boca, não consigo pensar com vocês falando. - olha mais uma vez pelo binóculo. - já sei, chame um refém.
Um homem de terno e gravata é escolhido para falar com o negociador. Na base dos empurrões o bancário é colocado na linha de fogo. A polícia volta sua atenção para os gestos do homem.
    - Não atirem, não atirem, por favor.
    - Pode falar. - grita o chefe de polícia.
    - Eles querem fugir, caso não aceitem, a cada vinte minutos um de nós será morto.
    - Não posso aceitar essa exigência.
De repente da cabeça do refém sai uma nuvem de poeira rosada. O tiro dado pelo bandido chefe deixou claro que eles não estão de brincadeira.
    - Lembre-se, chefe, daqui a vinte minutos outro será executado. - alerta o líder.
O pânico foi instaurado nos arredores do banco. A imprensa de Gotham city a todo momento entra ao vivo com informações sobre o assalto ao banco. Sem muita escolha o chefe de polícia decide pela invasão a agência.
    - Senhor. - começa um sargento. - se fizer isso o estrago será ainda maior.
    - O que sugere então sargento Davis? - esbraveja.
    - Sugiro que deixemos eles saírem e depois…
    - Isso está fora de cogitação, sargento. - pega rádio. Vamos entrar.
Uma formação é organizada na frente do banco levando a todos ao desespero. Dentro da agência o terror é sufocante, todos os reféns se descontrolar forçando o bando a agir com violência.
    - Fiquem quietos senão vai haver uma chacina aqui dentro, eu juro.
    - Por favor, nos deixe ir. - implora uma senhora.
A mulher recebe um forte golpe no estômago pela arma.
    - Vá para o seu lugar sua velha. - grita o bandido.
Mais uma vez o líder precisa agir. Ele corre até uma das sacolas e retira de lá uma granada.
    - O que vai fazer Charles?
    - Vou atrasar a invasão.
    - Charles, isso só vai piorar a situação, cara, tá louco?
Próximo da saída ele retira o pino do artefato e o lança contra o cordão da polícia. O chefe de polícia ao ver o objeto vindo ordena a evacuação.
    - Pro chão, todos.
A granada explode ferindo alguns dos agentes e até civis. Furioso o chefe se levanta, olha para o banco e depois para o sargento.
    - Retire os homens da linha de frente, vamos ceder.
Imediatamente a polícia recua abrindo espaço para a fuga dos assaltantes. Os curiosos foram afastados e uma espécie de corredor foi aberto. Do megafone o chefe negocia com os meliantes.
    - Já podem sair.
O líder do bando pega duas bolsas cheias de notas de cem dólar seguido por seus liderados.
    - O que faremos com eles? - aponta para os reféns.
    - Eles vão sair junto com a gente, servirão de escudo. Lembrem-se, chegando no ponto combinado cada um segue seu rumo, certo?
E assim foi. Os reféns na frente e os cinco logo atrás. No alto dos prédios os atiradores aguardam ordem para atirar. Eles passam pelo corredor formado até chegarem do outro lado da rua. O Álamo é uma loja de sapatos, ali cada um deve seguir seu caminho com sua sacola de dinheiro. Os reféns são deixados para trás assim que começa a correria dos ladrões.
A polícia inicia a perseguição e os atiradores têm sinal verde para atirar. Virando a rua um dos bandidos é morto com um certeiro disparo na cabeça. O segundo é capturado antes de ganhar a via principal de Gotham. O terceiro tenta trocar tiros com uma viatura e é morto com um tiro no peito.
O quarto, já cansado, ao ver dois carros de polícia resolve se entregar se jogando no chão.
    - Perdi, perdi.
O líder correr feito um desesperado empurrando tudo e a todos. Ele retira a máscara e depois atira para o alto alarmando os transeuntes. Ele corta para uma rua de baixo movimento onde dará para conjunto de pequenos prédios. Olhando para trás ele diminui a velocidade. De repente algo o acerta nas costas. A dor o faz parar. Com dificuldade ele consegue tirar uma lâmina em formato de morcego.
    - Mais que merda. - atira.
Mais uma vez ele é atingido e dessa vez no ombro.
    - Vamos lá maldito, apareça. - grita.
Charles gira o corpo quando dá de cara com uma figura medonha o socando o rosto. O bandido cai e mesmo assim consegue atirar. Batman salta saindo de sua linha de tiro. Charles se levanta com o nariz sangrando a procura do morcego.
    - Você não vai estragar tudo não.
Os movimentos do justiceiro são rápidos demais, Charles se vê acuado sem saber pra que lado atirar. O bandido recebe outro murro que termina de arrebentar seu nariz. Seu grito é gutural e ele rola no chão segurando o que restou.
    - Jogue a bolsa, você está sozinho. - afirma Batman.
    - Vem pegar. - geme.
Prevendo que receberá uma rajada da metralhadora, o homem-morcego lhe aplica um chute no rosto quase arrancando todos os dentes. A visão de Charles fica turva e seus sentidos começam a falhar. Batman recolhe a arma e também a bolsa com dinheiro.
    - Me devolva seu desgraçado. - balbucia.
Outro chute no rosto e Charles apaga sangrando. As viaturas chegam e o chefe de polícia desce apontando sua pistola.
    - Ei, solte a arma e levante as mãos.
    - Senhor, é o Batman. - diz o sargento.
    - Precisamos prendê-lo também. - olha para frente e tudo o que vê é Charles desmaiado ao lado da sacola de dinheiro. - droga, ele sumiu outra vez. - saca o rádio. - atenção todos os carros, Batman está a solta na cidade. FIM


2 comentários: