Dhor
aterrissa com força sobre um demônio esfacelando seu crânio,
espalhando massa rosada pelo solo. Suas asas em chama iluminam todo o
ambiante. Do meio da escuridão surge mais e mais demônios que
rosnam com suas garras em riste. A espada é sacada, Dhor se prepara
para o combate desigual. Dois seres das trevas avançam pelo ar com
fúria. Segurando a arma branca com as duas mãos, Dhor golpeia um
deles na perna. O mesmo cai segurando a ferida. O outro insiste em
atacá-lo. O guerreiro de asas de fogo o atravessa no peito. O bicho
solta um grunhido gutural. Menos dois. Antes que pudesse se recuperar
do ferimento na perna, Dhor o acerta na cabeça.
Outros
dois demônios aparecem golpeando Dhor que perde o equilíbrio. Um
deles chuta o peito do guerreiro que perde também o fôlego. O outro
se aproveita da situação e o soca no rosto. Dhor volta ao chão
furioso. Chega de gracinha, hora de destruir esses animais das
trevas. Se apoiando com a espada, Dhor se levanta. Olha para os dois
cerrando os punhos.
-
Venham!
Imediatamente
os bichos voam pra cima. Dhor aplica um direto no rosto do primeiro
que perde o controle do voo e cai feio. Asas de fogo se esquiva do
outro. Segurando o rosto, o primeiro ainda tenta mais um ataque, mas
seu oponente está atento e o golpeia mais uma vez. O punho de Dhor
acerta com força o maxilar do demônio que gira no ar e bate com
violência no chão. Se voltando para o outro, Dhor voa com a espada
em punho e o corta no braço. Com o membro pendurado, o ser corre
espalhando seu sangue. Dhor o alcança e termina com seu sofrimento
enterrando sua arma afiada nas costas.
-
Argh!
Dhor
pousa e observa o estrago que fez. Vendo que o outro demônio ainda
vive, ele anda até próximo do corpo e chuta sua cabeça dando fim a
miserável vida do ser. De repente parece que o tempo parou. Um
tremor acontece. Dhor olha ao redor e não vê nada.
-
O que foi, não consegue me ver? - a voz é debochada e Dhor sabe de
quem é.
-
Seja homem e apareça de vez.
-
Você destruiu quatro dos meus homens, Dhor, isso não ficará
barato.
-
Apareça, seu desgraçado. - ergue a espada. - venha me enfrentar.
Do
meio das sombras um ser de pele escura aparece. Seus olhos puxados e
amarelos fixam o guerreiro.
-
Vamos com calma, asas de fogo, com tem tanta certeza de que irá me
derrotar. - saca uma lança.
-
Gente como você não pode permanecer vivo. - corre na direção do
bicho que também se prepara para o combate.
-
Ótimo, vamos começar a discutir a relação.
As
duas armas se chocam arrancando fagulhas das lâminas. Enquanto
lutam, os rosnados e grunhidos acontecem ao mesmo tempo, numa mistura
de ódio e força.