quarta-feira, 7 de setembro de 2022

Os Balões de Alegria

 


Os Balões da Alegria

 

Seu José Carlos, mas conhecido como seu Zeca, havia acordado cedo para vender suas bananas na cidade. O fim do dia chegou e ele não conseguiu vender sequer meia dúzia de seu produto. Frustração e tristeza o abateram profundamente ao ponto dele não conseguir sorrir. Quando o sol já estava se escondendo atrás das montanhas e o dia começou a dar lugar a noite, seu Zeca voltava para casa empurrando seu paupérrimo carrinho pela estrada de barro lamentando por não conseguir um centavo sequer.

- Mais que coisa. Não vendo nada há dias. O que está acontecendo? Será que às pessoais estão mesmo sem dinheiro ou não gostam mais de banana?

Zeca estava cabisbaixo e sua situação só piorou quando seu único filho, Júnior, correu ao seu encontro lhe cobrando o pirulito de uva.

- E então, papai, trouxe o pirulito que lhe pedi?

Seu Zeca engoliu o nó formado na garganta e disse.

- Lamento muito, meu filho. O papai não vendeu nada hoje também. Me perdoe.

O pobre Zeca guardou todas as bananas em um saco e decidiu que nunca mais voltaria a vendê-las. Decepcionado, o menino foi para rua brincar, quem sabe um bom pique-pega não resolva.

Júnior desceu a rua em busca de seus amigos e não os encontrou. Andou até a praça que se encontrava meio vazia e viu um senhor bastante idoso segurando alguns balões coloridos. Ainda triste pela situação de seu pai, Júnior se aproximou do velho.

- Que balões bonitos, são todos do senhor?

- Sim! Quer dizer, estou vendendo. – respondeu sorrindo.

- E o senhor já conseguiu vender algum? – perguntou Júnior.

- Não. Faz algum tempo que não consigo vender – o velho olhou para o garoto e perguntou. – por que está tão triste?

- Por causa do meu pai. Há dias ele não consegue vender nada. Ele anda bastante triste.

O senhor colocou a mão no queixo e depois olhou para os balões. Sorridente ele pegou o balão mais bonito e o entregou ao garoto.

- Toma. Dê esse ao seu papai. Diga a ele que esse balão é o da alegria e que, a partir do momento em que ele sorrir para vida, todos irão comprar o produto dele.

- Mas o meu pai não tem como pagar o balão.

- Menino, se ele sorrir, o balão já está pago. Vá lá e entregue a ele.

Júnior voltou para casa correndo e feliz e entregou o balão ao seu pai. Ele contou toda a história. Sorridente, seu Zeca ouviu tudo com atenção.

No outro dia seu Zeca acordou bem cedo. Olhou para o céu com o sol já despontando no horizonte e sorriu. Pegou as bananas. Colocou todas no carrinho e foi trabalhar recordando a história que o velho contou ao seu filho. FIM.

 


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