Os Balões da Alegria
Seu José
Carlos, mas conhecido como seu Zeca, havia acordado cedo para vender suas
bananas na cidade. O fim do dia chegou e ele não conseguiu vender sequer meia
dúzia de seu produto. Frustração e tristeza o abateram profundamente ao ponto
dele não conseguir sorrir. Quando o sol já estava se escondendo atrás das montanhas
e o dia começou a dar lugar a noite, seu Zeca voltava para casa empurrando seu
paupérrimo carrinho pela estrada de barro lamentando por não conseguir um
centavo sequer.
- Mais que
coisa. Não vendo nada há dias. O que está acontecendo? Será que às pessoais
estão mesmo sem dinheiro ou não gostam mais de banana?
Zeca estava
cabisbaixo e sua situação só piorou quando seu único filho, Júnior, correu ao
seu encontro lhe cobrando o pirulito de uva.
- E então,
papai, trouxe o pirulito que lhe pedi?
Seu Zeca
engoliu o nó formado na garganta e disse.
- Lamento
muito, meu filho. O papai não vendeu nada hoje também. Me perdoe.
O pobre
Zeca guardou todas as bananas em um saco e decidiu que nunca mais voltaria a
vendê-las. Decepcionado, o menino foi para rua brincar, quem sabe um bom
pique-pega não resolva.
Júnior
desceu a rua em busca de seus amigos e não os encontrou. Andou até a praça que
se encontrava meio vazia e viu um senhor bastante idoso segurando alguns balões
coloridos. Ainda triste pela situação de seu pai, Júnior se aproximou do velho.
- Que
balões bonitos, são todos do senhor?
- Sim! Quer
dizer, estou vendendo. – respondeu sorrindo.
- E o
senhor já conseguiu vender algum? – perguntou Júnior.
- Não. Faz
algum tempo que não consigo vender – o velho olhou para o garoto e perguntou. –
por que está tão triste?
- Por causa
do meu pai. Há dias ele não consegue vender nada. Ele anda bastante triste.
O senhor
colocou a mão no queixo e depois olhou para os balões. Sorridente ele pegou o
balão mais bonito e o entregou ao garoto.
- Toma. Dê
esse ao seu papai. Diga a ele que esse balão é o da alegria e que, a partir do
momento em que ele sorrir para vida, todos irão comprar o produto dele.
- Mas o meu
pai não tem como pagar o balão.
- Menino,
se ele sorrir, o balão já está pago. Vá lá e entregue a ele.
Júnior
voltou para casa correndo e feliz e entregou o balão ao seu pai. Ele contou
toda a história. Sorridente, seu Zeca ouviu tudo com atenção.
No outro dia seu
Zeca acordou bem cedo. Olhou para o céu com o sol já despontando no horizonte e
sorriu. Pegou as bananas. Colocou todas no carrinho e foi trabalhar recordando
a história que o velho contou ao seu filho. FIM.
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