quarta-feira, 11 de maio de 2016

O ELEVADOR


Cheia de sacolas das mais diversas lojas do shopping, Sâmara adentra ao seu prédio um pouco antes das 23 horas. O passeio foi legal com suas amigas. Juntas compraram e jantaram comida japonesa. Paqueraram coletivamente um jovem bastante atraente que por ali circulava. O sábado foi intenso, de manhã ela foi para o curso de música onde estuda violão, depois do almoço visitou sua mãe de criação e por volta das 18 horas, ás amigas passaram para pegá-la para o passeio.

        Sâmara está cansada, as botas de inverno cansam suas pernas pra valer. Com um sobre tudo marrom claro ela chama o elevador. Depois de alguns minutos o elevador chega e quando vai entrar, uma senhora grita.
        - Por favor, também vou subir! – Sâmara ergue o braço impedindo o fechamento da porta. – obrigada mocinha, sétimo, por favor.
        A subida é meio lenta. A velha puxa conversa com Sâmara que sinceramente não esta a fim de conversar e se torna monossilábica. A velha fala de seu passado, o quanto apanhou de seu marido, o quanto sofreu na sua infância e que foi molestada em sua adolescência. De saco cheio, Sâmara troca várias vezes as sacolas de mão. A velha continua a falar. Fala de seu presente e bla bla bla e bla bla bla!!!

        Finalmente o andar de Sâmara, o sexto.
        - Boa noite senhora!
        - Boa noite querida, foi nesse andar que eu morri!

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